Foi concluída no dia 30 de abril de 2024 o “Mês de Conscientização sobre o Autismo”, uma iniciativa do Poder Legislativo de Carmópolis de Minas, com apoio do Poder Executivo, Sicoob, Polícia Militar, Universidade Cruzeiro do Sul, Grupo de Mães Atípicas Florescer Depois do Autismo, Centro de Ecoterapia de Carmópolis de Minas (ANTERAP), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e Associação de Surdos de Carmópolis.
Em depoimento feito durante a cerimônia de abertura do evento, ocorrida no plenário da Câmara no dia 03 de abril, Ana Beatriz Amaral Coelho disse que, assim muitos outros, recebeu o diagnóstico do autismo tardiamente, já na fase adulta, tendo, por conta disso, enfrentado muitas dificuldades durante a infância e adolescência, pois percebia ser diferente dos demais, recebendo olhares e estranhamentos de exclusão. Mesmo o seu diagnóstico tendo sido de nível 1, com sintomas considerados leves comparados a outros níveis, de certa forma dificultam sua convivência familiar, profissional e social.
“Pode não parecer, mas autistas de nível 1 de suporte muitas vezes se tornam os maiores prejudicados pelo preconceito dos demais, pela questão da invalidação dos sintomas e das acusações de retirarmos os direitos dos demais, prejudicando, assim, qualquer forma de buscar auxílio e tratamento”, grifou Ana Beatriz, sendo este o motivo de sua presença na Tribuna da Câmara, para pedir respeito para com todos os autistas, independentemente da idade, gênero ou nível de suporte.
Ela defendeu a criação de políticas públicas, para acolhimento e inclusão, como rede de apoio para as famílias; melhor acesso a equipes multidisciplinares; atendimento humanizado; salas de AE e apoio de professores nas escolas e acesso gratuito ao cordão de girassol.
Beatriz também pediu apoio à ANTERAP; Grupo de Mães Atípicas Florescer Depois do Autismo; APAE e Associação de Surdos. “Que o Mês de Conscientização do Autismo seja o ponto de partida para que nos próximos anos haja mudanças de pensamento e ações concretas, visando um futuro de união e respeito entre todas as pessoas, sejam elas atípicas ou não. Que o preconceito seja eliminado e dê lugar ao respeito”, concluiu ela.