Embora tenha afirmado ser totalmente favorável às festas populares em Carmópolis de Minas, especialmente o tradicional Rodeio que ocorre na cidade anualmente, o vereador Claudinei Vicente da Silveira, líder da bancada do REDE, questionou, no plenário da Câmara Municipal, durante as sessões ordinárias realizadas nos dias 14 de abril de 2025 e 05 de maio de 2025, o repasse de R$ 1.380.000,00 da festa deste ano, praticamente o dobro do ano passado, que foi de R$ 798.000,00.
Argumentou o parlamentar que, como se trata de recursos próprios, o dinheiro gasto no Rodeio precisava ser bem medido, pois é do mesmo caixa que sai parte das verbas para setores essenciais como saúde, esportes, social e educação.
O parlamentar ainda indagou sobre os quatro dias de pista cujas entradas foram trocadas por um quilo de alimento não perecível, uma vez que em 2024 dois dias de pista foram totalmente gratuitos, não justificando, portanto, os quase R$ 500 mil reais a mais no Rodeio. Claudinei também destacou a grade musical de 2024 e 2025, lembrando que alguns artistas deste ano já se apresentaram em eventos no município.
Ele lembrou ainda que, em 2024, além dos shows, foram oferecidos brinquedos infantis, como escorregadores, carrinho de pipoca e algodão-doce; palhaços, etc. “Falo em relação à diferença do valor, que poderia ser gasto na saúde. Não sou contra o Rodeio. Pelo contrário, gosto muito da festa, na qual eu fui criado, mas é preciso questionar esses valores e ponderar o que é mais importante para se gastar os recursos públicos. Poderiam fazer a festa com um valor menor e investir o restante nas demandas do Município”, argumentou.
O vereador informou que enviou requerimento ao Executivo, no qual solicita informações sobre de qual setor foi tirado o saldo orçamentário para o rodeio, tendo em vista que a Secretaria de Cultura não dispunha mais de orçamento. Acrescentou que a pessoa que doou um quilo de alimento, o adquiriu em algum lugar, ao preço médio de R$ 22,00 a R$ 35,00 para os quatro dias, tendo ela, portanto, pago para entrar. Citou ainda os altos preços de produtos vendidos no interior do parque, como água, cervejas, refrigerantes e alimentos, aumentando os gastos das famílias que compareceram. Ainda de acordo com o parlamentar, o dinheiro gasto pela Prefeitura não fica em Carmópolis, pois até mesmo os barraqueiros não eram moradores da cidade. Ou seja: o recurso foi todo embora.