Para falar sobre a formação da mesa diretora da Câmara Municipal de Carmópolis de Minas para o ano de 2025, ocupou a Tribuna Livre, na sessão ordinária do dia 03 de fevereiro de 2025, o munícipe José Gustavo de Souza Borges. Ele leu parte de um artigo do Regimento Interno do Legislativo, pelo qual, na composição da mesa diretora, observar-se-á, sempre que possível, o princípio da representação proporcional dos partidos, destacando que o próprio Congresso Nacional utiliza esse princípio, o que, entretanto, não ocorreu este ano, no caso de Carmópolis.
José Gustavo disse não saber “o que rolou” nos bastidores, mas o Partido Novo, por exemplo, que é o maior da Casa, juntamente com o PSD, não tem ninguém na mesa diretora. A seu ver, ao não observar o princípio da proporcionalidade, a politicagem retornou à Câmara.
Ele citou ainda recente decisão do Ministério Público (MP), pedindo a condenação de agentes políticos, em processo sobre CPI desenvolvida no Legislativo a respeito de obras de asfaltamento e no qual o MP pediu a condenação de pessoas. E questionou: “Os senhores vão trazer de novo este questionamento? Claro que não, pois na decisão do MP tem integrantes da Casa que estão citados. Qual o critério os senhores irão adotar?”
Sobre a formação da mesa diretora, o presidente Fernando Luis Rabelo Lebron (REDE) informou que os seus atuais membros formaram uma chapa única para a eleição, cumprindo todos os requisitos para ser eleita, o que ocorreu por 6 votos a favor e 5 abstenções, sendo obedecidas as proporcionalidades partidárias. Reconheceu que também é uma questão política, fazendo parte do processo e que ocorreram tentativas de diálogo com outros pares, infelizmente frustradas. No âmbito político, houve a decisão de que a mesa seria esta. “Teremos mais três eleições no transcorrer do mandato e a gente pode ir conversando sim, pois nada é colocado a ferro e fogo”, adiantou o presidente, grifando que não existiu nenhuma irregularidade, pois caso contrário isso seria questionado pelos próprios vereadores e até mesmo pela população, inclusive com denúncias ao Ministério Público.
Outros vereadores também falaram sobre o tema. A íntegra dos pronunciamentos pode ser acessada na gravação da sessão, em áudio e vídeo, disponível no site da Câmara.
