Analisando o projeto de lei do Poder Executivo que trata dos valores das subvenções sociais, no valor de R$ 1.3 milhão; e contribuições, no montante de R$ 622 mil, a serem repassados a entidades carmopolitanas em 2025, o vereador Geraldo Lucas (REDE), líder do governo, notou a ausência da Associação de Equoterapia de Carmópolis de Minas (ANTERAP) no rol das beneficiadas, instituição que, para ele, vem executando um maravilhoso trabalho no município em favor de pessoas especiais, sendo merecedora de uma provisão orçamentária. Por isso, além da possibilidade de receber uma subvenção, Lucas informou que destinará parte de sua emenda impositiva de 2025 à Associação.
O parlamentar lembrou que há alguns anos, para crianças carmopolitanas terem acesso à ecoterapia, era necessário colocá-las num veículo e as transportarem para outras cidades. Com a determinação de alguns pais, foi criada a ANTERAP, hoje sediada no Residencial Ecovila Bem Viver, em espaço primeiramente cedido pelos proprietários e recentemente doado à entidade, num gesto elogiável em favor do coletivo.
O vereador destacou a posse definitiva do espaço, onde poderão ser investidos recursos municipais, estaduais e federais. Também poderão ser celebradas parcerias com outras cidades da região, como Passa Tempo, localizada a pouca distância da sede da ANTERAP.
De acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, a equoterapia ou terapia assistida por cavalos é um método terapêutico que utiliza o cavalo, por meio de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.
É uma forma de reabilitação baseada na neurofisiologia, tendo como base os padrões de movimentos rítmicos e repetitivos da marcha do cavalo. Ao caminhar, o centro de gravidade do cavalo é deslocado tridimensionalmente, resultando em um movimento similar ao da marcha humana com movimentos alternados dos membros superiores e da pelve. Durante as sessões de Equoterapia, ocorre uma integração sensorial, gerando alterações e reorganização do Sistema Nervoso Central e, consequentemente, ajustes posturais e padrões de movimentos mais apropriados e eficientes.
A aquisição de maior mobilidade da pelve, coluna, adequação do tônus, maior simetria e melhor controle da cabeça e tronco podem explicar porque crianças com Paralisia Cerebral, por exemplo, após sessões de Equoterapia, demonstram melhora na função motora global e nos parâmetros da marcha.
A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.
A prática da Equoterapia objetiva benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais de pessoas com deficiências físicas ou mentais e/ou com necessidades especiais, e está indicada para os seguintes quadros clínicos: doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico-metabólicas; sequelas de traumas e cirurgias; doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais; distúrbios de aprendizagem e de linguagem.