Convocada por meio de requerimento assinado pelos vereadores Antônio Gabriel Francisco Rabelo Lara (PSDB), Célio Roberto Azevedo (PSD), Dirceu da Silva (PSD) e Marcelo de Freitas dos Reis (UNIÃO), a engenheira da Prefeitura de Carmópolis de Minas, Graziela Maria de Morais, participou da sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada no dia 25 de março de 2024, para prestar esclarecimentos sobre projeto de pavimentação da Rua Padre José da Costa.
Graziela informou que está na Prefeitura há um ano e que o projeto, provavelmente de 2021, não é de sua autoria e foi liberado agora com ordem de serviço, cabendo a ela a parte da fiscalização. Trata-se de uma obra com recursos provenientes de convênio celebrado com a Caixa Econômica Federal, constando de pavimentação da Travessa e Rua Padre José da Costa, com serviços de drenagem também contidos no convênio.
Explicando o requerimento, o vereador Marcelo de Freitas lembrou a luta para conseguir esses recursos, mas desde 2021 a obra não avança, motivo que o levou a cobrar soluções do Poder Executivo. A responsável pelo setor de convênios assegurou a ele que a obra não poderia ser iniciada, por erros no projeto original. Daí a convocação da atual engenheira da Prefeitura, que mesmo não tendo sido a autora do projeto, poderia apontar esses erros.
O grande problema, segundo Graziela, é a chegada do sistema de drenagem ao córrego, em vista de uma volumosa adutora de água potável de alta pressão, que atravessa o local, responsável pelo abastecimento de grande parte da cidade, com riscos de rompimento pela passagem das manilhas da drenagem.
Além disso, a tubulação de 800 milímetros da drenagem exige muito mais inclinação e poderia chegar ao córrego abaixo do seu nível, constituindo-se também em empecilho para o início do serviço.
Fora isso, informou a engenheira que existe a questão de ali ser uma encosta instável e sem a presença de gabião, podendo provocar assoreamento ao longo do tempo, após a construção dos bueiros. Entretanto, como se trata de um convênio com a Caixa, quaisquer alterações precisam ser submetidas ao crivo do banco. “Até o momento a obra não começou porque estamos resolvendo essas questões”, afirmou Graziele.
Ainda de acordo com ela, em reunião com técnicos da Caixa, foi mostrada a eles a inviabilidade do projeto de drenagem. Em decisão conjunta, concluiu-se pela retirada da drenagem da Travessa Padre José da Costa, sendo mantidas as quatro bocas de lobo da Rua. Foi elaborado, por ela, um novo projeto criando mais duas e interligando ao sistema já existente nas imediações da igreja. Com isso, a água que desce da Travessa será captada e devidamente direcionada, para que não provoque danos. Os acertos estão sendo concluídos, não havendo necessidade de se proceder a uma nova licitação.
Marcelo disse ter ficado claro a existência do erro e lamentou que isso ocasionará mais atrasos na obra, prejudicando moradores e usuários da via.
Além dos autores do requerimento, todos os vereadores falaram sobre o tema. A íntegra dos pronunciamentos pode ser acessada na gravação da sessão, em áudio e vídeo, disponível no site da Câmara.