Representando o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), a senhora Marilda de Abreu Araújo ocupou o espaço dedicado à “Tribuna Livre”, na Câmara Municipal de Carmópolis de Minas, na sessão ordinária do dia 18 de março de 2024, com o objetivo de reforçar a necessidade da Prefeitura apresentar um Plano de Cargos e Salários para a categoria no âmbito do município.
Marilda lembrou ser aquela a segunda vez que comparecia à Câmara para falar sobre o mesmo assunto, tendo sido a primeira em agosto de 2023, dois anos após os profissionais da Educação iniciarem a discussão do tema com a Secretaria Municipal, quando foi dado um prazo até outubro daquele ano para o Poder Executivo apresentar uma proposta, o que não havia ocorrido até naquele momento. Informou que recentemente foi realizada uma reunião com o prefeito José Omar Paolinelli (PSD), quando foi dito a ele que, se não for possível aprovar a carreira como um todo, que seja encontrada uma alternativa de valorização dos profissionais.
Ela também destacou que, no entendimento da categoria, o piso nacional dos professores, hoje no valor de R$ 4.580,00, deve ser pago integralmente, e não conforme projeto da Prefeitura, que prevê o pagamento proporcional, por uma jornada de 24 horas. Destacou que a maioria dos profissionais da Educação de Carmópolis já tem a licenciatura plena e pós-graduação,
“Precisamos resolver esse impasse com o prefeito”, observou Marilda, revelando que na reunião com José Omar, foi apresentada a ele uma planilha, mas o chefe do Executivo declarou que não conseguiria pagar os montantes. Foi pedido, então, que apresentasse uma contraproposta. O prefeito acatou a solicitação e prometeu realizá-la em 19 de março, dia seguinte a essa sessão da Câmara. Grifou que isso precisava ser feito, pois no dia 21 haveria outra rodada de negociações com José Omar. Ela pediu, então, aos vereadores, que ajudassem a convencer o prefeito a apresentar a planilha no dia 19, para que o acordo fosse fechado na reunião do dia 21. Lembrou que, por ser um ano eleitoral, existem limites de datas para aprovação desse tipo de matéria, sendo necessário agilizar o processo, pois não há como aprovar um plano sem a respectiva tabela.
“Não dá mais para a Prefeitura continuar adiando o plano de carreira e as professoras já estão desejando deflagrar uma greve”, apontou a sindicalista, afirmando ainda que, com a ajuda de todos, ainda daria para evitar a paralisação, que se levada a efeito, trará muitos transtornos, tanto para os alunos quanto para os próprios profissionais, que terão de repor as aulas.
O presidente do Legislativo, vereador Fernando Luis Rabelo Lebron (PV) agradeceu a presença da senhora Marilda, sempre na defesa dos direitos dos profissionais da Educação, e sugeriu ao plenário que fosse encaminhado, em mãos, ofício ao prefeito, assinado por todos os vereadores, comunicando a ele a manifestação feita na Câmara e solicitando as providências cabíveis. Os vereadores também se pronunciaram sobre o tema, todos eles apoiando a causa dos profissionais da Educação.
A íntegra dos pronunciamentos sobre o tema pode ser acessada na gravação da sessão, em áudio e vídeo, disponível no site da Câmara.