Convidado, por ofício, pelo vereador Alex Enfermeiro, líder da bancada do NOVO, o ex secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Rural, Alessandro Aparecido Pinto, participou da sessão ordinária do Poder Legislativo de Carmópolis de Minas realizada no dia 30 de junho de 2025. Ele fez esclarecimentos a respeito de sua atuação como secretário envolvendo estradas rurais, manutenção de frota, recursos gastos e recursos em conta.
Sobre o que disse o vereador Claudinei Vicente da Silveira, líder da bancada do REDE, na sessão anterior, Alessandro reforçou seu entendimento de que a nova administração encontrou a frota da Prefeitura bastante sucateada, inclusive com máquina parada há mais de dois anos. Também, para ele, foi alto o custo acima de R$ 500 mil para proceder ao conserto dos veículos. Sobre a quantidade de lâminas gastas pelas motoniveladoras (patrol), informou que esse tipo de equipamento sofre gastos comparáveis aos de pneus, devido ao atrito com o solo, daí a quantidade de peças adquiridas e apontadas no relatório. “Quanto mais se penetra no período da seca, mais se gasta lâmina”, grifou o ex secretário, mostrando a pertinência da compra, pela necessidade de se manter o estoque, evitando que as máquinas parem por esse motivo.
Outra alegação de Claudinei foi a de que a quantidade de peças adquiridas não coadunava com o volume de gastos com mão de obra, que ficou em mais de R$ 400 mil. Alessandro lembrou que mão de obra especializada é realmente cara, exigindo gastos bem maiores do que em aquisição de peças. Desta forma, realmente não há como os orçamentos “baterem”. Tal realidade pode ser constatada nos anos anteriores da administração municipal, bastando levantar os dados. “Se o preço assustou alguém, ele vem assustando há anos”, acrescentou Alessandro.
Citado pelo ex secretário, o vereador Claudinei afirmou que quando falou sobre sucateamento, não citou o nome de Alessandro e o tema já havia sido ventilado em redes sociais. Disse ter realmente se assustado com gastos de R$ 480 mil com mão de obra, ante apenas R$ 104 mil com peças, incluindo as lâminas de reposição, sendo vinte delas por máquina. Tais valores, segundo ele, estão sendo analisados, pois constam nos relatórios enviados à Câmara. “Se houve sucateamento, onde estão as peças?”, questionou o vereador, lembrando que a intenção é buscar esclarecimentos administrativos, não havendo nada de específico contra o ex secretário.
Claudinei também questionou o ex secretário sobre quantos quilômetros de estradas rurais chegaram a ser patrolados durante a sua gestão. Em resposta, Alessandro disse não ter dados matemáticos para mensurar com precisão, mas garantiu que boa parte foi patrolada. Claudinei argumentou, entretanto, que é importante ter os dados do quantitativo de serviço já executado em cada povoado, quantos mata-burros e pontes existem em cada região e o que ainda precisa ser feito, facilitando e dando transparência ao trabalho. Daí a pergunta sobre quantos quilômetros foram feitos, pois considera que, em vista da grande extensão, não haverá tempo de patrolar tudo antes do período chuvoso. Claudinei defendeu o patrolamento rápido das estradas, voltando, em seguida, apenas aos pontos que exigem mais trabalho, deixando todas as estradas em condições de tráfego.
Sobre o asfaltamento no povoado Japão Grande, Claudinei disse que a Casa sabe o quanto ele cobrou sobre a obra, mas que agora existe verba de R$ 1 milhão na conta da Prefeitura, conseguida pelo senador Rodrigo Pacheco ainda na administração passada, devendo a obra ser executada, atendendo as constantes cobranças dos moradores.
Concluindo, Claudinei ressaltou que, como vereador, cobra sobre pedidos da população, não havendo nada pessoal contra o ex secretário.
Alessandro também abordou outros assuntos relacionados a falas de vereadores, debatendo com eles os temas. A íntegra dos pronunciamentos pode ser acessada na gravação da sessão, em áudio e vídeo, disponível no site da Câmara.