A vereadora Whatiffa Francielly dos Santos Nogueira (PSD) questionou, durante a sessão da Câmara Municipal de Carmópolis de Minas realizada no dia 18 de setembro de 2023, o voto da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) em favor da descriminalização do aborto até 12 semanas da gestação. “Gostaria de deixar, aqui, o meu repúdio e dizer que, enquanto mulher e mãe, enquanto ser humano, eu digo sim à vida e esta decisão é inquestionável”, posicionou-se a parlamentar.
Whatiffa pediu aos seus colegas vereadores, a todos os cidadãos e a todo o povo, que se comovam e se posicionem a respeito dessa decisão, para que os demais ministros não sigam o voto da presidente da Corte. A vereadora considerou o ato da ministra como uma grande irresponsabilidade, pois denota uma troca de valores, com pessoas querendo cometer um “holocausto silencioso”.
“Quem já assistiu a vídeo de aborto por ultrassom, viu que a criança foge o tempo todo. A gente não escuta o grito, mas com certeza aquela criança está ali gritando, no ventre da mãe, pedindo socorro”, lamentou a parlamentar. Para ela, é triste ver o STF legislar, ocupando o lugar do Poder Legislativo.
Fernando Luis Rabelo Lebron (PV), líder do governo, reforçou os argumentos de Whatiffa, considerando como absurdo o que está sendo discutido no STF. “Já falei, aqui, em reuniões anteriores, que repudio totalmente uma situação dessa”, argumentou o edil, lembrando que no país já existem três situações em que o aborto é legalizado: em caso de estupro; risco de vida à gestante e anencefalia (ausência do encéfalo e calota craniana, além de cerebelo e meninge que se tornam rudimentares). Fora disso o aborto é considerado crime, medida que, para o vereador, é indiscutível e, por isso, deve ser mantida.
Falando da Tribuna da Câmara, na sessão ordinária do dia 25 de setembro de 2023, a vereadora Jaqueline Emilia Luciano (PV) leu discurso pronunciado, em 02 de fevereiro de 1994, por Madre Tereza de Calcutá, também sobre o aborto. “Sinto que o grande destruidor da paz, hoje, é o aborto, porque é uma guerra contra crianças, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pelas próprias mães”, disse Madre Tereza. Jaqueline também se postou contra a iniciativa de minitros do STF, que tomam o lugar do Poder Legislativo. E questionou: “Se uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como vamos dizer para as pessoas não se matarem umas às outras? Como vamos defender a vida, a família, o ser humano? Quem nos concedeu o dom da vida foi Deus. Quem pode nos tirar a vida e nos chamar para junto Dele, é Deus.”