Por proposição do vereador Marcelo de Freitas dos Reis, líder do governo e da bancada do UNIÃO, foi aprovado por unanimidade, na sessão ordinária da Câmara Municipal de Carmópolis de Minas realizada no dia 4 de agosto de 2025, projeto de lei que denomina como UBS Celinha Alvim, a Unidade Básica de Saúde em construção na Rua Otávio Costa, bairro Lourdes.
De acordo com o propositor, trata-se de uma homenagem à saudosa Aparecida Célia Alvim Rodrigues, conhecida popularmente como Celinha Alvim, nascida em 29 de outubro de 1961, filha de Antonio Alvim Santos e Luiza Rodrigues Alvim. Tinha sete irmãos: Othoniel, José (“Zezé”), Antonio (“Tonzinho”), Margarida, Sebastião (Tiãozinho), Maria do Carmo (Cacá) e Miriam.
Seu primeiro nome, Aparecida, foi uma linda homenagem a Nossa Senhora Aparecida, já que nasceu no mês de outubro, dedicado à padroeira do Brasil. Ao longo de toda a sua vida, cultivou uma profunda devoção tanto à Nossa Senhora quanto ao Divino Pai Eterno, participando com frequência de romarias para Aparecida/SP e Trindade/GO, sempre acompanhada de sua mãe, filhos e sobrinhos. A oração do rosário fazia parte de sua rotina diária, seja de forma individual, seja compartilhando a fé com familiares e amigos.
Cresceu na fazenda de seus pais, e gostava muito de brincar com os animais, principalmente com as galinhas. Amava os doces feitos no fogão a lenha e a cocada da carrocinha do Sr. Anésio. Na juventude, gostava de escutar música, principalmente Guns N’ Roses e Led Zeppelin.
Sempre muito inteligente e dedicada aos estudos, Celinha enfrentou, porém, algumas circunstâncias difíceis que atrasaram sua trajetória escolar. Na infância, uma grave hepatite a deixou acamada por um longo período, fazendo com que perdesse um ano letivo. Mais tarde, aos 22 anos, viveu um dos momentos mais dolorosos de sua vida: o trágico falecimento de sua irmã, Cacá, vítima de um assassinato. Esse trauma profundo a abalou de forma tão intensa que a levou a interromper seus estudos por um longo tempo.
Com resiliência e fé, superou e formou-se em dezembro de 1987, aos 26 anos, nos cursos de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais. Em 1988 começou a trabalhar no laboratório de análises clínicas da Prefeitura de Carmópolis de Minas. Foi cofundadora do Laboratório de Análises Clínicas LABOCAR, criado em 1990. Em 2012 começou a trabalhar na Farmácia Central da Prefeitura, dedicando-se exclusivamente ao serviço público.
Foi casada com Paulo Roberto Paolinelli Corrêa e teve dois filhos: André Alvim Paolinelli Corrêa e Paulo Roberto Alvim Corrêa. Foi mãe exemplar, batalhando muito para criar e educar seus filhos, amando-os incondicionalmente. Um verdadeiro exemplo de mãe, filha, profissional, amiga e devoção.
Em 10 de janeiro de 2021, Celinha nos deixou aos 59 anos, em decorrência de uma apendicite aguda, ficando Carmópolis órfã de sua bondade e comprometimento com a saúde pública.